quarta-feira, 7 de julho de 2010

20 Kms...



É sempre ao fim da tarde...


Mais um dia. Virei costas à cidade. Não quis ficar. Achei o sol impiedoso demais para lhe dar o privilégio da minha idolatração, por ora. Não é a primeira vez que acontece. É curriqueiro, aliás. Tenho sempre saudades do Inverno, do minimalismo nas árvores, do cinzento e da chuva, do frio. E embora reconheça o deslumbre de um trigo pintado a ouro na rigidez fervilhante das tardes de Julho, teimo sempre em lembrar-me de que é no final do ano, no auge das lareiras e dos capotes, que tudo me faz mais sentido.
Hoje, a exemplo de tantos dias, voltei para casa com uma dolência bizarra, uma saudade sacana que não me deixou nem por um segundo ao longo de vinte quilómetros. A dolência é-me natural, intrínseca. A saudade nem por isso, não é de nada nem de ninguém, julgo. É apenas saudade, como se a sua natureza não precise de justificação. Carrega-me esta tendência doentia de a alimentar como se de um último Fado se tratasse, como a noite que no horizonte se apresta seja a despedida renovada, uma vez mais trazida sem aviso prévio.
Assobio, canto, mas nada resulta desta vez... Agonia-me o sufoco da inércia, o sol fugidio, o precipicio de sonhos, o medo do fim, não da morte, mas do fim de tudo o que amo numa vida que teima, sem rodeios, em me juntar à solidão do crepúsculo e me esconder do que de mais belo ele traz a esta terra.
Cheguei a casa. O sol desapareceu. Há um hiato de minutos intermináveis em que o mundo pára e onde apenas existe o sul. Sem norte... a alma desassossega-se e resigno-me num sádico cigarro. E é então que vinte quilómetros podiam muito bem ser 100 anos de Garcia Márquez...
E é sempre ao fim da tarde...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Navegadores... à deriva


Urgem-me palavras e desabafos depois de mais uma demonstração da portugalidade por terras sulistas de África. Terei sido apenas eu a denotar que a inércia de Queiroz e a presunção do seu mais fiel discípulo CR9 cedo vaticinaram pouco mais que nada para a campanha mundialista? Quero acreditar que não.
O guarda-redes campeão nacional ficou de fora, Pepe parece ter caído nas graças do mister pois só assim (ou por meio de quimicas carnais!) se pode explicar que meio ano depois de ver a bola apenas pela janela "roube" o lugar, num ápice, a Pedro Mendes e desate a distribuir "mimos" pelas canelas de um qualquer adversário, por mais simpático e meigo que esse fosse!
O míster (eu acho que ele gosta que o chamemos assim) convoca então dois defesas direitos para depois, nos jogos decisivos, eleger a velocidade e a agilidade de Ricardo Costa... um defesa central que ainda anda a ver se faz alguma coisa da carreira. Liedson chegou a ser extremo-direito, Danny foi várias coisas e Deco, armado em salvador da pátria, deu ao país o privilégio de uma última presença na selecção de todos nós (e de mais uns quantos brasileiros) para usar o pouco tempo que teve em campo em jeito de turista octogenário da Baviera.
Cristiano Ronaldo provou em campo porque são realmente descabidas as comparações com Messi. Ronaldo, ainda hoje sem perceber porque é capitão, não se lembra por um minuto que o é. Messi, sem o ser, é líder. Ronaldo não enjeita um remate a 50 metros da baliza com dois ou três comparças a pedirem a bola. Messi quer é por a malta a jogar. Ronaldo é um borracho e quer ser ainda mais. Messi dificilmente o será. Enfim, altruísmo, simplicidade e espirito de equipa são termos riscados do léxico do CR9 fazendo-me lembrar muitas vezes um tipo simpático que me escancarava os olhos na adolescência e que passava as tardes de praia na Caparica a fazer malabarismos com a bola... sozinho, pois claro.
Queiroz, do alto da sua arrogância, crê que fizemos um bom mundial, depois de exibições defensivas muito boas. E só isso, porque ataque nem vê-lo. Pontas de lança? Para quê? Ambição? Isso não. Arrojo? Muito menos... Jogámos ao jeito da Grécia em 2004 mas com uma pequena diferença, a Grécia ganhou!
Curioso é o facto de no único jogo ganho em África, estarem apenas em campo jogadores portugueses. Sintomático ou acaso? Cada um pensa o que quiser, mas quanto a mim, e estou à vontade para me apedrejarem, desde o inicio que o meu pessimismo se revelou latente, e não é de agora. E nada tenho de xenófobo garantidamente porque se o fosse, não estaria nesta altura com saudades de Scolari... Porque é que estou então tão chateado? Perguntem ao Queiroz!... e ao Ronaldo... e ao Madaíl... e sobretudo a todos aqueles que felizmente ao longo de décadas me habituaram a gostar de futebol e da equipa de todos nós. Eles, tal como eu, sabem a resposta!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ricardo Ribeiro à "Porta do Coração"


Nem sempre a vida sorri aos mais audazes. Contraria a afamada frase um homem que o tempo me deu o privilégio de conhecer adolescente. Consigo vê-lo agora como antes: camisa amarela, blazer quadriculado, calça preta, óculos de massa castanha e uma genuinidade sensível no canto do Fado Tango... "Minha mãe nasci fadista, mora Fado no meu peito".
Passou entretanto metade da minha vida, o gosto pelo Fado mantém-se intacto, refinou-se a paixão, o entendimento, a escolha. Aumentou o respeito. Sem veleidades nem caprichos de, a exemplo de tantos, enriquecer a algibeira com Amália, pedi guarida ao Fado para não me abandonar nunca mais. Tal como ele.
Volvem-se os tempos. Hoje sinto-me mais fadista, não apenas pela melancolia latente de sempre, mas também pela "Porta do Coração" que oiço ininterruptamente há dias. Ricardo Ribeiro mantém a genuinidade e potencia autenticidades em cada Fado, em cada poema que indiscutivelmente condiz com o homem. Ricardo, com menos de 30 anos canta ao som de uma viola baixo que há nove décadas premeia a excelência desta música a que se convencionou chamar "Canção Nacional". Como costumo dizer entre amigos, infelizmente não o é porque Portugal não a tem merecido, nem mesmo no presente em que a "moda" pegou e tanta gente se apoia em si para chegar "lá" acima. Mas o Fado resiste. Sempre resistiu.
Ricardo é o exemplo vivo disso mesmo e ao ver o olhar do meu pai preso ao tablier do carro com os olhos encharcados, herdo no momento a emoção e o orgulho por ouvir cantar desta forma quase divina e por ter o privilégio de um abraço a cada encontro. Ricardo Ribeiro está à "Porta do Coração" apenas quando quer sair de dentro dele...
Com efeito, não erro se disser que Ricardo é um dos mais fiéis depositários daquilo que se conquistou por Lisboa há mais de 100 anos. Se o Fado me lisonjeasse com procuração, diria que é uma tremenda honra tê-lo por perto.
Fernando Maurício e Manuel Fernandes estão felizes, Ricardo, não duvido.
A nobreza da arte revê-se na fidelidade de sentimentos, no arrojo dos sonhos e numa capacidade ímpar de tocar. Está ao alcance de poucos. Está ao alcance de ti...

Como espectador, aplaudo-te entusiasticamente de pé, e agradeço-te.
Sois grande.

Estranhos caminhos católicos...


Não sei sinceramente o que vai na cabeça dos alegados representantes da Fé católica no planeta Terra mas, talvez por obra e graça do Espírito Santo que resolveu passados 500 anos fazer justiça, se por a "aldeia global" ser isso mesmo, sacerdotes de ocidente a oriente desataram em jeito de sofreguidão a levar à letra a "proximidade" para com os mais novos, não para as malfadadas aulas de Religião e Moral, mas antes (eufemizando) para um "policiamento de proximidade".
A promiscuidade carnal não é de hoje. Em tempos - descobriu-se recentemente - os túneis subterrâneos do Convento da Cartuxa (Évora) com ramificação directa para o celibato feminino de paragens limítrofes escondiam dezenas de crânios de recém-nascidos. E se é seguro que a cegonha que vem de França não conseguiria chegar ao subsolo, estou então praticamente convicto de que foi milagre!...
Eu até sou aquele herege armado em chico esperto vanguardista e arrojado que defende que um tipo que opta pelo sacerdócio ou que sente o chamamento do Todo Poderoso deve ser um tipo comum, casado ou em união de facto, perfilhando ou contribuindo directamente para a procriação e consequente nascimento da criançada que tanta falta faz ao mundo. Ora, expliquem-me então como o distinto Ratzinger pode então defender que Deus perdoa tudo aos sacerdotes e, por outro lado, coloca os divorciados directamente na cruz, "sem passar pela casa de partida e sem receber dois contos"! Estranha esta justiça de Deus apregoada por esta canalha que se mantém de olhar mole e misericordioso proclamando a igualdade entre os homens enquanto o resultado do "habemus papa" continua a sentar as carnes numa cadeira de oiro maciço!
Se calhar seria boa ideia dizer ao Sr. Bento XVI que esta gentinha (continuo a eufemizar) deita por terra o mito secular de que os comunas comiam as criancinhas! Mas quer-me cá parecer que o líder da igreja católica (infelizmente para os crentes, digo eu) dirá um dia do alto da varanda da Praça de São Pedro que tudo isto foi uma calúnia e que as criancinhas de todo o mundo alucinaram e que tiveram visões... Todas excepto a Jacinta, o Francisco e a Lúcia.
Jesus Cristo, se um dia Resolveres reaparecer, por favor não Te esqueças desta canalha!

sábado, 6 de março de 2010

"Paz, pão, povo e liberdade" (Mafra, 2010)


Pedro Passos Coelho, José Pedro Aguiar Branco, Paulo Rangel e agora um tal de Sr. Castanheira são, para já, os candidatos à liderança do PPD-PSD (estou crente que ainda possam aparecer mais três ou quatro, bem ao jeito do Partido do Povo do Cambodja). Dentro de uma semana ganharemos imagens de jovialidade e boa disposição em todas as estações lusas de TV que entretanto vão esfregando as mãos de contentes, na eminência destes "malucos do riso" deliciarem um povo inteiro com a fuçanguice do poleiro laranja...
Na ausência de Santana Lopes (que aqui lamento profunda e consternadamente) e expectante até ao último segundo pela candidatura de Marcelo, vou viajando pela fantasia de imaginar estes quatro senhores a entrarem por entre o fumo espesso, de óculos escuros, ao jeito do distinto júri dos ídolos (mas sem a respeitável senhora brasileira), tudo isto sempre em "slow motion"...
Curiosa é esta tendência cada vez mais assertiva de o PPD-PSD (sempre gostei da sigla) se minar a si próprio. Já se fazem debates entre candidatos nas televisões, inventam-se argumentos em directo para distanciar pontos de vista, maquilham-se semblantes com seriedade e futurismo e discutem-se problemas para os quais todos eles estão afincadamente decididos a resolver. Muito obrigado por existirem!
Rangel é o tipo que a meu ver será o mais consensual, de ar simpático, simples, humilde, daqueles que mantém orgulho no pai sapateiro e na mãe doméstica, de cabelo sempre meio despenteado, com uma generosa bocha semelhante à minha e com o fatinho que não foi comprado na Rosa & Teixeira. Aguiar Branco é o "primogénito" de Ferreira Leite, o menino que tudo aprendeu com distinção e que, alcançados os cabelos brancos, dispara aos novatos do partido com quatro anos de militância (!) chamando a si a arrogância e a omnipresência dos dinossauros cor de laranja que continuam a achar que tudo está bem e que foram os cabrões dos comunas que mataram o Sá Carneiro! Quanto a Passos Coelho, realço o tom de voz eloquente e radiofónico, a postura em que se misturam laivos de "bétice" e uns inequívocos sinais "sócretinos" que ainda os divide porque Passos Coelho não vai a Out Lets, não tem o número de telefone do presidente da Prisa, da ERC, da Refer, da PT... Repito, ainda.
Em relação ao Sr. Castanheira, se tiverem informações mandem... Diz que quer fazer do PSD um partido mais "verde".
Já falta pouco... Pessoalmente estou curioso para ver e ouvir os discursos dos candidatos e as análises imparcias (!?) da Constança Cunha e Sá na TVI. Quero ver o "circo" mediático das luzes e dos desconhecidos emplastros que disfarçadamente se posicionam na trajectória dos holofotes, o espírito de entrega, de missão, do "Paz, pão, povo e liberdade...", e anseio pelas intervenções dos "ilustres" Mota Amaral, Valentim Loureiro ou Alberto João Jardim, ao fim ao cabo aquela dúzia de oligarcas que vão andar por esses dias de sorriso cúmplice e bonacheirão, calmamente aguardando os resultados do sucessor de gente tão ilustre como "Zé Manel" Durão Barroso, o grande Santana ou a afável e cativante Ferreira Leite... Ui!
Até ao desfecho teremos, porém, que gramar o teatro dividido em tributos e lágrimas de emoção de cada vez que se evoca Francisco Sá Carneiro. Faz parte. Pena que da Social Democracia por si preconizada reste apenas o nome que, na verdade, ainda chega para encher as panças e os bolsos desta gentinha que teria que nascer três vezes para se poder intitular Social Democrata!
Mas não passarão nunca de "laranjas"... do chão.

quarta-feira, 3 de março de 2010

As Sinergias "do" Grupo

Já sabemos que o sistema económico-financeiro vigente nos últimos anos claudicou mas não seria má ideia pensarmos um bocadinho, não apenas nas repercussões e no que mudou, mas essencialmente no que tem de mudar. Sou um "menino" perto dos gurus com que felizmente tenho lidado nestes anos que levo de jornalista, porém esses sábios da labuta escriba inspiraram-me e abriram-me as pestanas que ainda não se queimaram para uma realidade que, na verdade, herdara já das minhas gerações familiares mais vividas – a nobre arte de trabalhar.
Há anos, curiosamente logo no meu primeiro emprego, deparei-me com um conceito a que simpaticamente alguém apelidou de "Sinergias de Grupo" que, na prática, significa o dobro ou o triplo do trabalho, a redução efectiva da qualidade de vida, o aumento da carga horária, em muitos casos a perda das melhores horas da vida social, para no final do mês, o ordenado ser exactamente o mesmo.
Ora, na óptica administradora, ganha-se a coesão da(s) equipa(s), o espírito de entreajuda, a redução de custos "colaterais", em suma ganha-se uma "galinha gorda por pouco dinheiro"… Do ponto de vista dos escribas, enquanto não se fartam e desembocam meia dúzia de enormidades do mais refinado léxico ordinário, as "Sinergias de Grupo" funcionam um pouco como a equipa de futebol da selecção nacional, em que 10 estróinas afincadamente suam a camisola e marcam 5 golos, mas feitas as contas é o Cristiano Ronaldo que saca as fãs do Zé Povo nacional e não só…
Um respeitável indivíduo que me concedeu uma entrevista há dois anos dizia-me que "Amizade paga-se com amizade e trabalho paga-se com dinheiro", um aforismo digno e – arrisco - aplaudido de pé por escribas e administradores mas que não passa disso mesmo, um aforismo, ao jeito de um "Em Abril, águas mil" ou um "Grão a grão enche a galinha o papo". E pego precisamente neste último para lembrar às administrações que o "grão" é o usufruto de umas dezenas de "artistas" que dançam a valsa de fato de macaco todo o santo dia contando os 6 euros para almoçar em meia hora na tasca mais próxima e que nas folgas vêem os filhos fazerem uma birra porque não acreditam que o papá está estoirado e precisa de descansar. A mulher fica normalmente do lado dos filhos e o período de descanso, que deveria ser para isso mesmo, potencia o mau humor, a ira e, em muitos casos, uma factura pesada que quem menos merece acaba por pagar!
Entretanto continuam à espera que no final do mês, o dia de "São Receber" lhes traga um "grãozito" extra para dar de comer aos "pintos"…
Sindicalista eu? Peço desculpa Sr. Administrador (vénia). Afinal faltam apenas 10 minutos para a uma da manhã… Vou voltar ao trabalho!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Esta coisa de ser do Benfica...


O meu benfiquismo é inquestionável, moralmente superior e de uma parcialidade que só encontra semelhanças nas intervenções de Rui Santos ou, no que se refere ao verdadeiro futebol, às prestações de Martins dos Santos ou Carlos Calheiros. Ser do Benfica nunca foi, alvitrem o contrário se assim entenderem, sinónimo de lucidez e sensatez, mas antes de uma brejeirice saudável que nos faz descarregar em cima daquele homenzito de negro vestido e nos seus "acompanhantes relax" das laterais toda a ira e o pasmo de quem, volvidos 20 anos, ainda vê gente a dizer que o Vata marcou mesmo com a mão... Eu não vi isso, mas pronto.
Há dias, esparramado numa cama de hotel, passei os olhos pelos "50 anos de Carreira" de Fernando Alvim, radialista/apresentador/ninfomaníaco/respeitável anarquista de ideologias e etiqueta, e dei por mim sorrindo, subindo pela cabeceira da cama à medida que Alvim desfiava adjectivos para sustentar esta coisa de ser do Benfica. Falou na "chama imensa", no inferno da luz, no Néné, no Chalana, no antigo Estádio da Luz, nas "Mines", e tudo isto em perfeita sintonia e ebulição era espumante insestentemente agitado e prestes a "explodir" enquanto a cama do Tivoli já se tornara no terceiro anel e eu já tinha comido meia sandes de coirato, um escorrido pingo de gordura na camisa, estava transpirado e chamava "boi" a quem de direito, e gritava o golo de Rui Águas pulando com a alegria de um recém-adolescente à beira da primeira masturbação... Isto é ser do benfica. Lamento o choque.
Quem não é está por esta altura abanando a cabeça com um sorriso irónico e exclamando "Este gajo está cada vez mais parvo!". Estarei, porventura, mas por razões que não me apetece desenvolver, não vá eu ser chamado à comissão da Assembleia... Estarei, porventura, mas nunca pelo Benfiquismo!
Os castigos do Vandinho, do Hulk e do Sapunaru!? Acho mal, foi pouco tempo! Então e o Hélton, o Fucile, o Rodriguez, o Ruben Micael? (Ah pois esse ainda não estava lá...). Mas agora já está e também conta!
Esta coisa de ser do Benfica tolhe o que resta da minha inteligência e do bom senso sempre que Javi Garcia entra a pés juntos e eu aplaudo ou quando dou por mim a afirmar que o português do Mantorras melhorou bastante e que ele continua a ser imprescindível no clube...
Esta coisa de ser do Benfica abarca uma democracia interna em que coabitam ricos e pobres, políticos, ladrões, Vale e Azevedo e Eusébio. Perdoamos tudo entre nós, nesta "maçonaria" laica, em que fazemos jus apenas a Artur Semedo ("A minha religião é o benfica!"). Entre nós, semeamos a concórdia, o objectivo comum, somos o sindicato mais unido do mundo (e o maior também) e deixamos divergências lá fora porque o estádio da Luz é o santo graal de todas as nossas vidas... BENFICA! BENFICA! BENFICA!
O quê!?!? O Sócrates é do benfica? Foda-se!!!